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segunda-feira, 28 de abril de 2014

Compensa comprar e reformar uma casa ou apartamento ?

Aproximadamente há dois anos, quando o professor universitário Mario de Bulhões foi visitar um apartamento na região da Paulista, em São Paulo, sentiu "amor à primeira vista".

Apesar do estado não muito atraente em que se encontrava o imóvel, o professor teve a certeza de que lá seria o lugar ideal para morar pelo resto da vida. Só precisava de uns ajustes.

Foi assim que ele então decidiu reformar o apartamento da década de 40, e fazer com que se transformasse em seu novo lar.


Reformar pode sair caro
A reforma durou sete meses e foram gastos cerca de R$ 60 mil, além dos R$ 180 mil desembolsados para comprar o apartamento de 120 m2. Sabe-se que com R$ 240 mil seria possível comprar um imóvel muito melhor na mesma região. Porém Mario deixou os cálculos de lado e se entregou ao lado sentimental.

E lado sentimental não tem preço, segundo o engenheiro civil Eduardo Giglio. "Se uma pessoa gosta de um imóvel e tem dinheiro, ela gasta o que for preciso e acaba tendo um grande prejuízo. Mas ela não está preocupada com isso", explica o engenheiro especializado em reformas de alto padrão.

O ideal é que a pessoa esteja preparada para o que vai enfrentar, antes de tomar sua decisão. No geral, as reformas em apartamentos costumam ser mais simples e mais viáveis. Isso porque os imóveis já possuem uma planta mais inteligente e a obra acaba saindo mais barata. Não há grandes restrições, por exemplo, quando é preciso trocar pisos, ou reformar a cozinha e os banheiros.

Às vezes pode-se aproveitar os tacos da área íntima, aplicando neles um bom produto. Afinal, trocar pisos de meio século é um verdadeiro crime!

Porém, o problema fica maior no caso de apartamentos localizados em prédios antigos, e que geralmente são mal conservados. Os defeitos começam a aparecer depois de 15 ou 20 anos. Além disso, existem apartamentos de quatro dormitórios com um banheiro e uma garagem. E nem sempre dá para construir um banheiro a mais dentro de um apartamento.


Casas exigem tratamento diferenciado
Assim como nos apartamentos, as exigências de quem mora em uma casa hoje são bem diferentes daquelas de 50 anos atrás. Os hábitos vão mudando ao longo do tempo.

A reforma de uma casa antiga só compensa se ela tiver uma arquitetura reutilizável e se localizar num local nobre, com possibilidades de valorização. Em primeiro lugar, o proprietário deve ter em suas mãos um orçamento com pelo menos 80% de precisão para ter uma idéia da viabilidade da reforma. Normalmente percebemos que fizemos um péssimo negócio quando a obra termina.

Em alguns casos, vale a pena demolir e construir uma casa nova. Até porque é bastante difícil encontrar soluções inteligentes. Em São Paulo, a maioria dos vendedores de casas antigas já sabe que seus imóveis serão demolidos e acabam pedindo o preço do terreno. A não ser que eles tenham valor histórico e sejam tombados.


Orientação de um técnico é fundamental
Para uma avaliação mais precisa do que pode ser feito, nossa recomendação é de que você busque a consultoria de um arquiteto, que irá decidir entre a reforma e a demolição. É bastante fácil encontrarmos imóveis com uma péssima distribuição, mal construídos e com estruturas fracas e trincas, que inviabilizam qualquer reforma. Praticamente nenhuma reforma fica tão boa quanto uma construção nova. Avalie seu caso, pois a solução pode ser derrubar e fazer de novo.

Talvez possa custar muito caro transformar uma casa de quatro dormitórios e um banheiro numa de quatro suítes. Não se esqueça da luminosidade, que pode ser comprometida em função do terreno. Mas se o imóvel for relativamente novo e precisar apenas de uma pintura e trocar alguns azulejos, talvez valha a pena pensar em reformar. Mas também é possível encontrar boas ofertas de imóveis com preços abaixo do mercado, e mesmo com pouco dinheiro já é possível fazer algumas modificações essenciais.

Fonte: InfoMoney